Barbárie Suelen Aires Gonçalves
Socióloga e professora universitáriastyle="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">
Estamos diante de um cenário crítico do avanço da Covid-19 em nosso país. Os impactos do avanço da pandemia, aliado à política genocida do governo federal está levando nosso país para uma situação de caos, literalmente, à barbárie. Nossa coluna de hoje irá tratar da conjuntura do avanço da Covid-19 no Brasil e no Rio Grande do Sul.
O cientista Atila Lamarino, em entrevista à BBC News Brasil fez uma importante síntese em uma entrevista divulgada nas últimas horas: "O Brasil adotou uma estratégia "genocida" ao apostar na chamada imunidade de rebanho para combater a Covid-19, o que possibilitou o surgimento de uma nova variante mais perigosa e que vem causando mais mortes". A tal imunidade de grupo, ou de rebanho, como foi chamada, foi uma estratégia em que uma grande parcela da população foi contaminada em algum momento e , com tal imunidade, o vírus teria grande dificuldade de encontrar um indivíduo que ainda não tivesse sido contaminado.
Porém, a estratégia adotada pelo governo federal omisso que não garante vacina para a população, tem um problema. Tal imunização de grupo tem um alto custo humano. Muitas pessoas não sobrevivem. Já chegamos em 257.361 vítimas fatais e, somente ontem, 2 de março, perdemos 1.726 brasileiros para a doença. E tem outro fator. Não temos precisão de quanto tempo de imunização, uma pessoa tem após ser infectada pela primeira vez. Ou seja, não temos precisão se ela é de curto ou médio prazo. Segundo médicos e especialistas, estamos diante do pior momento da pandemia no Brasil. E no RS, não é diferente. Desde o início da semana estamos em "bandeira preta" com o sistema de saúde em colapso com 100% dos leitos de UTI ocupados.
Neste momento, deveríamos ter uma ação de lockdown e ter uma aceleração imediata da vacinação para o povo brasileiro. Porém, o que temos é um governo genocida sem um plano nacional de vacinação e sem políticas públicas para manter a população sob cuidados, como o tema do auxílio emergencial para a população mais carente não passar fome. Chegamos no nível da barbárie. Necessitamos de vacina e auxílio emergencial, já.
Dia Internacional da Mulher Silvana Maldaner
Editora de revistastyle="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">
Dia 8 de março é o Dia Internacional da Mulher. Para muitos, a data é celebrada para fortalecer a beleza, a autoestima ou a feminilidade. No entanto, a história desta data se relaciona a um passado árduo de lutas, submissão e trabalho escravo.
Após a Revolução Industrial, nos EUA e Europa, as mulheres que trabalhavam nas lavouras, nas fábricas ou nas minas de carvão, clamavam por respeito e condições de trabalho. O incêndio numa fábrica em Nova Iorque, em 1910, culminou na morte de 130 operárias.
Em 1920, mais de 90 mil mulheres protestaram, também, contra os maus tratos do Czar Nicolau II, na Rússia, iniciando um movimento denominado "Pão e Paz", ainda sofrendo os impactos da recessão da Primeira Guerra Mundial. Somente 20 anos depois, em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que firmava princípios de igualdade entre homens e mulheres. Nos anos sessenta, o movimento feminista ganhou corpo e, em 1975, comemorou-se oficialmente o Dia Internacional da Mulher.
O 8 de março deve ser visto como momento de mobilização para a conquista de direitos e para discutir as discriminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres, impedindo que retrocessos ameacem o que já foi alcançado em diversos países.
Quantas Joanas D'Arc, Terezas de Calcutá, Malalas Yousafzai, Annes Frank, Chicas da Silva e Marias da Penha precisaram marcar a alma com a dor da perseguição, das torturas e do sofrimento, para hoje podermos ser livres?
Estamos na nova era onde continuamos batalhando por respeito e igualdade, mas queremos mais, hoje brigamos pelo respeito pelo meio ambiente, os ecossistemas, os animais e entre as pessoas. A pandemia tem revelado o melhor e o pior das pessoas.
Acredito que a mulher precisa de novo, usar sua luz e sua força espiritual para conduzir com amor e fé, as mudanças necessárias para as novas ordens mundiais. Movimentos pela paz, pela educação, pela justiça social e também pela solidariedade com os que não tem mais voz, estão ganhando cada vez mais força e novos adeptos.
Neste sentido, estou muito feliz em fazer parte do time de mulheres empreendedoras que estarão à frente neste dia 8, mobilizadas para ajudar outras mulheres, do Lar das Vovozinhas, que além das perdas financeiras severas, foram esquecidas e abandonadas.
Faço um apelo, uma evocação para um olhar mais carinhoso aos nossos idosos. Começamos com os nossos de casa. Não podemos deixar a pandemia ser o pretexto para o abandono de afeto e de amor. Para muitos deles este tempo de dedicação é só o que resta da vida.